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Publicado em 04 de junho de 2025 | 3 minutos de leitura

Escola Particular: Liberdade para Escolher, Qualidade para Ensinar

Em 2001, José Antônio Teixeira, então presidente eleito do Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Município do Rio de Janeiro (Sinepe Rio), proferiu uma frase que marcou a história da instituição: “Escola Particular: liberdade e democracia começam aqui.”

A educação privada no Brasil atende a uma parcela expressiva de estudantes. Segundo dados do Censo Escolar de 2024, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), 20,2% das matrículas da educação básica estão na rede privada — o que representa aproximadamente 9,5 milhões de alunos. Desses, 1,1 milhão estão matriculados no ensino médio. A pré-escola também registra forte presença da rede privada, com 22,1% do total de alunos.

Para que o setor público pudesse absorver toda essa demanda, seria necessário um investimento superior a R$ 120 bilhões, destinados à construção de novas escolas, contratação de professores e expansão da infraestrutura educacional.

As escolas particulares oferecem, além de uma infraestrutura diferenciada, uma ampla variedade de abordagens pedagógicas que favorecem o desenvolvimento integral dos alunos. A rede privada permite a adoção de projetos educacionais baseados em diversas linhas filosóficas, proporcionando às famílias a liberdade de escolher o modelo de ensino que melhor atende às suas expectativas e valores.

De forma geral, os estudantes da rede privada obtêm desempenho superior em avaliações como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Esse resultado se deve à flexibilidade pedagógica, ao maior investimento na formação de professores, ao uso de tecnologias educacionais avançadas e à qualidade da estrutura física. Pesquisas também apontam que, em termos de investimento por aluno, as escolas particulares otimizam melhor os recursos disponíveis.

Além disso, a presença robusta do setor privado ajuda a aliviar a pressão sobre o sistema público, permitindo ao Estado direcionar seus esforços e recursos para regiões e comunidades mais vulneráveis. A colaboração entre os dois setores pode gerar benefícios significativos. Parcerias público-privadas — como programas de capacitação docente, compartilhamento de recursos e intercâmbio de boas práticas pedagógicas — são exemplos concretos de como essa cooperação pode elevar a qualidade da educação no país.

A frase de José Antônio Teixeira, que também presidiu a Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP) por dois mandatos, continua atual e necessária. As escolas particulares seguem desempenhando um papel fundamental na pluralidade das abordagens educacionais, na economia de recursos públicos e na qualidade do ensino.

Valorizar e fortalecer essa rede é essencial para a construção de um sistema educacional mais justo, eficiente e verdadeiramente democrático.


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