Por Juliane Oliveira
As cidades estão cada vez maiores e mais complexas. Mesmo no cenário mais otimista para o aquecimento global, as cidades serão muito impactadas. Tomar decisões agora pode influenciar o futuro e o papel da educação nesse processo é fundamental. Debater esse tema foi o principal objetivo da palestra de Sérgio Besserman, presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e professor da PUC-RJ, na abertura do 10º Congresso Rio de Educação 2015.
Um alerta do professor foi sobre a educação ambiental que se faz nas escolas, da mesma forma que se fazia há anos, sem contextualizar com a realidade atual. “No século XX existia uma dicotomia entre meio ambiente e crescimento econômico. Hoje sabemos que o crescimento da população e da economia impacta diretamente o meio ambiente, mas continuamos ensinando da mesma forma. Educação ambiental não é mostrar cartilhas de melhores práticas e sim falar sobre cidades resilientes e como esse desafio tem impacto social, econômico e histórico”, explicou.
O planeta Terra tem três bilhões e 600 milhões de anos. Considerando esse tempo em um relógio de 24 horas, a civilização humana chegou ao mundo nos últimos segundos. Em todas as horas anteriores, o planeta passou por problemas muito maiores e se recuperou em todas essas etapas. Para Besserman, o problema está no tempo de recuperação, que para os seres humanos é um e para o planeta é outro.
Se por um lado a mudança climática é extremamente grave, definir o limite do perigo pelo que não se vê, mas que sabe que vai acontecer, também é desafiador. Besserman enxerga o momento como uma oportunidade. “Isso é inédito. É a primeira vez na História da humanidade que precisamos tomar decisões importantes hoje para mudar a realidade dos próximos anos”.
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