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Publicado em 11 de agosto de 2015 | 3 minutos de leitura

Competências para ensinar e para organizar o ensino

Por Juliane Oliveira

“A tarefa do professor não é dar aula. A tarefa do professor é construir identidades humanas, gerir sonhos, fundar mundos. Nunca uma geração precisou tanto de professores como essa que necessita formar valores”. A mensagem de reflexão, que impulsiona os profissionais da educação a pensar a organização do ensino numa perspectiva desafiadora é de Emília Cipriano, doutora em Educação e professora da PUC/SP, no 10º Congresso Rio de Educação 2015, no dia 8 de agosto.

Na palestra “Reflexões sobre as competências para o ensinar e para a organização do ensino”, a professora falou sobre a importância do respeito à singularidade do aluno. “Precisamos tratar questões específicas em âmbitos específicos. Precisamos ser um ‘ponto de luz’ na vida dos alunos. Assim, fazemos nascer, muitas vezes, um ser que nem ele próprio sabia que existia”, afirmou.

A professora destacou a importância de valorizar o professor da Educação Infantil, que se eterniza na memória das pessoas e cuida da infância, o menor período da vida, mas o que mais forma valores e princípios. “Quem não sabe habitar a Educação Infantil não pode ser professor. A educação só vai mudar quando as universidades, os doutores e pós-doutores souberem valorizar esses professores”.

 Outro ponto abordado por Emília foi a necessidade de romper com tudo que é padronização e que o currículo deve abranger a ideia de interdisciplinaridade que o cérebro tem. Ela lembrou que na sala de aula não é só o conteúdo que motiva o aluno. As formas usadas para isso também são fundamentais, já que o ensino deve fornecer situações que possibilitem a formação de novas categorias de pensamento e conceitos, a partir de experiências e informações levadas pelo professor.

Para Emília, trabalhar com princípios consistentes em sala de aula promove unidade. Ela destacou seis princípios que considera fundamentais: diálogo, inclusão, humanização, participação, solidariedade e democracia. “A tarefa do professor é levar outra leitura de mundo. Cabe ao educador construir no educando uma relação de curiosidade, de indagação do saber e de consolidação das formas de aprendizagem. O educador encantado encanta. Ele tem um papel de referência”, ressaltou.

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