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Publicado em 05 de dezembro de 2014 | 4 minutos de leitura

Educação como premissa para o crescimento do país

 

Suely Nercessian*

Citando uma passagem do livro Professores de Educação na Universidade de Stanford (Califórnia, Estados Unidos), de Linda Darling-Hammond e Charles E. Ducommun, “em 1970, quando perguntaram para as 500 empresas de maior êxito no mundo quais eram as três habilidades mais desejadas dos funcionários, a resposta foi leitura, escrita e aritmética.

Em 2000, as três habilidades citadas foram o trabalho em equipe, facilidade de comunicação interpessoal e de comunicação”.

“No futuro, os Alunos irão trabalhar com o conhecimento que ainda não foi inventado, para resolver problemas que mal podemos vislumbrar, usando tecnologias que ainda não existem. Frente a tudo isso, os estudantes precisam desenvolver a capacidade de acessar e utilizar informações e recursos para resolver problemas do mundo real, além de ter a oportunidade de exercitar sua criatividade, dedicar-se à colaboração e aplicar o conhecimento em situações reais”. É no ambiente Escolar que os jovens desenvolvemos aspectos cognitivo, motor, social e emocional.

A Escola deve ser parte indissociável da vida deles e ser vista como meio de acesso a um futuro melhor, pautado no conhecimento que possibilita a participação ativa em um mundo dinâmico e sem barreiras.

A eliminação da distância física põe em cena novas formas de sociabilidade, sem excluir as diferenças de cada realidade. Os limites passam a ser fluidos. Nesse novo cenário, é essencial a mudança de postura da Escola, que deve se organizar para construir uma proposta pedagógica participativa, que valorize, legitime e partilhe o conhecimento.

Resolver situações de conflito, compartilhar e considerar outros pontos de vista fazemparte do desenvolvimento das competências socioemocionais, importantes para uma vida adulta responsável. Todos os processos de aprendizagem, englobados, levam a um conhecimento dinâmico do mundo, dos outros e de si mesmo, combinando competências cognitivas e socioemocionais. Nossa capacidade de adaptação temde ser urgente.

A Escola desempenha papel da maior importância na construção das rotinas intelectuais, graças às quais adquirimos a capacidade de interpretar e transformar a realidade. É papel do sistema educativo ajudar a absorver competências amplas, que permitam “ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias” (Livro Verde, do Programa Sociedade da Informação no Brasil), além de aprender e reaprender sempre. A Escola só proverá as demandas da vida se acompanhar o desenvolvimento da ciência e tecnologia. Essa meta deve orientar as reformas educativas do Ensino contemporâneo. A Educação é um todo e deve ser considerada em sua plenitude.

No atual cenário brasileiro, a Educação é vista como premissa para o crescimento. Entretanto, o país possui desafios como os índices de Analfabetismo, de 8,6%, e de Analfabetismo funcional, de 20,4% (PNAD 2011, IBGE), e a necessidade de valorizar e incentivar projetos inovadores, que levem o Brasil ao desenvolvimento sustentável. Superados esses desafios, o país tem tudo para ter uma Educação de qualidade e, consequentemente, alcançar mais altos níveis de desenvolvimento. 

*Diretora pedagógica do Colégio Vital Brasil

Fonte: Brasil Econômico -5/12/2014


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