RIO – As escolas públicas e privadas do estado do Rio de Janeiro terão uma semana dedicada ao combate ao bullying (ato de agredir fisicamente ou verbalmente uma criança ou adolescente, de modo contínuo e intencional) e ao cyberbullying (agressão feita pela internet). A iniciativa está marcada para a primeira semana de abril e vai lembrar as vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da capital fluminense.
Na manhã do dia 7 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ex-aluno da escola, invadiu o prédio, armado com dois revólveres e matou 12 alunos, suicidando-se depois do atentado.
A medida foi criada por um projeto de lei, aprovado em fevereiro pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e sancionado pelo governador Sérgio Cabral, na última quarta-feira (6). A lei determina a realização de estudos, palestras, atividades, ou apresentações de caráter didático e de interação social, desenvolvidas no decorrer da semana para conscientização, prevenção e combate às práticas de bullying no ambiente escolar.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, as ações educativas de combate ao bullying e cyberbullying serão feitas com a participação de alunos da rede pública de ensino durante todo o ano letivo, mas a programação da semana do evento ainda não foi definida.
A secretaria afirma que o combate ao bullying e cyberbullying é um tema presente nas ações pedagógicas de educação em saúde, promovidas e implementadas pela Coordenação de Saúde na Escola. “Essas ações fazem parte do cotidiano das escolas”, destaca a pasta em nota. Uma pesquisa feita na rede estadual apontou que 74% dos alunos consideram que a escola deve intervir, necessariamente, em casos de bullying. Para 68% esse tipo de ato é inteiramente inaceitável.
Segundo a Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (Pense), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 21% dos casos de bullying ocorrem nas salas de aula, mesmo com a presença do professor.
Fonte: www.oglobo.com.br – 7/03