Há alguns anos a Inteligência Artificial saiu das telas de cinema e tomou conta do nosso cotidiano. Mas ao que parece, em 2023 ela vai invadir as carteiras escolares através do ChatGPT. Trata-se de uma ferramenta gratuita de IA que elabora textos complexos sobre qualquer tema, e que leva em consideração até o estilo da escrita de quem realiza a pesquisa.
Em um momento em que as escolas buscam promover avaliações diferenciadas, deixando para trás a exclusividade de métodos tradicionais, a novidade traz um desafio para professores e coordenação pedagógica.
Para o diretor do Sinepe Rio, Pedro Flexa, o advento do ChatGPT durante a instalação desse ano letivo ilustra bem o desafio de escolas e educadores, interpelados pela necessidade de reagir, em tempo real, aos avanços tecnológicos.
Lançado no final do ano passado, o ChatGPT entrega respostas inéditas, originais. Mesmo que uma pergunta seja feita repetidamente, os resultados serão sempre diferenciados entre si. Pode-se dizer que o robô conversa como se fosse um humano. Então, como atribuir a um texto escrito o peso de uma evidência do domínio de competência do aluno?
É certo que muito em breve surgirão soluções que permitam identificar se um trabalho fez ou não uso da tecnologia, mas ainda há muito o que ser compreendido. “Com certeza nossos alunos terão esse aplicativo em seus dispositivos. O mergulho nessa aventura é inevitável e as escolas devem incluir em seu planejamento essa nova variável. O desafio é discernir que uso fazer da I.A. para desenvolver ainda mais a capacidade de autoria e autonomia dos alunos”, afirma Flexa.
Escola Particular: liberdade e democracia começam aqui.