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Publicado em 25 de fevereiro de 2022 | 4 minutos de leitura

Evento promovido pela ABE debate implantação do Novo Ensino Médio no Estado

A Associação Brasileira de Educação (ABE) realizou na quarta-feira, 23, o primeiro de uma série de encontros para discutir os principais temas da Educação Brasileira. Assuntos que estão no dia a dia dos gestores, coordenadores, professores e de toda a  equipe pedagógica. Nesta primeira Live, realizada no Canal do YouTube do Sinepe Rio, foi discutida a implantação do Novo Ensino Médio nas escolas do Estado do Rio de Janeiro.

Participaram do debate o presidente do Conselho Estadual de Educação, Ricardo Tonassi; o presidente  da Câmara de Educação Básica do CEE, Marcelo Mocarzel; o presidente da Comissão de Legislação e Normas do Colegiado, Delmo Morani; e a conselheira do CEE/RJ, Elizangela Lima. A mediação foi feita pelo vice-presidente da ABE e do Sinepe Rio, Pedro Flexa Ribeiro.

O presidente do CEE, Ricardo Tonassi, falou sobre o impacto da pandemia na educação, mas se disse otimista em relação ao futuro. “Não vislumbro nenhuma outra saída para um país que queira crescer, que não seja pela erudição. Espero que haja um investimento robusto no ensino profissionalizante e no ensino técnico aqui no Rio de Janeiro. Nós precisamos avançar com esse segmento da educação”, destacou. 

Como mediador, ao longo do debate, Pedro Flexa Ribeiro trouxe algumas ponderações para os palestrantes, além de perguntas enviadas pelos participantes da Live. “No encaminhamento do CEE fica evidente a confiança na capacidade de discernimento dos professores e das escolas”, ressaltou Flexa.  

O professor Marcelo Mocarzel enfatizou a necessidade de resgatar a autonomia dos docentes, das redes, das instituições e dos gestores, para que eles possam, à luz de uma normativa maior, construir seus projetos com identidade. “As escolas privadas precisam fazer uma leitura do seu público, entender o que funciona e o que não funciona. Por isso, a Deliberação deixa clara a possibilidade de criar itinerários híbridos, por exemplo. A ideia não é transformar tudo na mesma coisa. Queremos respeitar a diversidade e, a partir dessa normativa, termos um Ensino Médio melhor”, explicou Mocarzel. 

De acordo com a conselheira Elizangela Lima, é de extrema importância que as escolas particulares se aprofundem na Legislação 13.415 e na Deliberação 394 de 2021. Dessa forma, cada instituição pode propor sua matriz e fazer as revisões necessárias até 2024: “A escola pode fazer sua adequação, tanto no projeto político-pedagógico quanto no regimento escolar. Essa construção precisa ser conjunta com a comunidade escolar. Não só com os professores, mas também com os pais e os alunos. Todos precisam participar desse processo”.  

O posicionamento do Conselho Estadual de Educação, segundo Delmo Morani, é de compreender o que acontece na base, dentro das escolas, para construir normas com essa ótica. “Não se fazem normas exclusivamente para cobrar o cumprimento delas, mas para aproximar a questão da normatização às práticas educacionais. Trabalhar de maneira sensata tendo como perspectiva o desenvolvimento da Educação”, disse.

Morani agradeceu ainda o apoio do Sindicato para a realização do evento. “Quero agradecer à diretoria do Sinepe Rio, na pessoa do nosso presidente, Pedro Paulo de Bragança, que nos ajudou a promover este primeiro encontro da ABE”.

Confira aqui vídeo do debate na íntegra.


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