O risco de retrocesso na Reforma do currículo do Ensino Médio preocupa. É fundamental que os nossos jovens concluam a escolaridade básica preparados para as exigências atuais do mercado de trabalho, e que o sistema educacional deixe para trás um modelo ultrapassado, que comprovadamente é responsável por altos índices de evasão escolar.
Durante décadas o Brasil impôs aos estudantes um currículo único. Trata-se de antigo debate, que remonta aos anos 1950-1960. A experiência foi exaustivamente feita, resultando sempre em fracasso, desinteresse e abandono.
Finalmente o país conta com lei que autoriza, desde 2022, as escolas a estabelecerem novos currículos. Nesse agosto de 2023 temos alunos já cursando o semestre final do 2º ano do Ensino Médio, a quem foram feitos acenos de mudanças curriculares e de margens de escolha de itinerários.
O não cumprimento do que já foi proposto, inclusive em contratos escolares, traz para esses jovens uma controvertida lição acerca do mundo adulto. O efeito que se gera é de desorientação e, pior, de descrença nas possibilidades de o país avançar as reformas necessárias para o seu desenvolvimento.
Os alunos devem ser o foco e o propósito da atuação de educadores. De todos os públicos envolvidos, são justamente eles os que mais têm a ganhar com o Novo Ensino Médio. O interesse das próximas gerações está em que a Reforma Curricular seja endossada e preservada.
Por tudo isso, o Sinepe Rio entende que não é razoável negar um modelo atualizado a mais uma geração de estudantes.
