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Publicado em 05 de setembro de 2019 | 5 minutos de leitura

Novo Ensino Médio no Rio

Pedro Flexa Ribeiro

 O ano de 2022 marcou a retomada do ensino presencial e a estreia da Reforma do Ensino Médio. Entre os propósitos, destaca-se a necessidade de que venham a ser propostas aos estudantes experiências escolares que possam ajudá-los a se conhecer melhor e a tomar decisões tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Esse objetivo será alcançado, em grande parte, pelo “Projeto de Vida”, componente curricular voltado para a Orientação Profissional do jovem. De fato, na medida em que se estabelece o diálogo entre os conteúdos e o seu Projeto Profissional, o aluno passa a enxergar o sentido e a razão do que está sendo proposto no Ensino Médio.

Ainda que prematuro e provisório, o primeiro esboço de seu Projeto de Vida permitirá que o aluno exerça suas primeiras escolhas, ao eleger um Itinerário Formativo que corresponda aos seus interesses e vocações. Por esse caminho, ele estará exercitando e aprendendo a fazer escolhas, uma importante aprendizagem a ser  elaborada e ensinada na Educação Básica.

Para isso, é importante que a escola venha a lhe apresentar um repertório de opções cujos contornos sejam aderentes a determinados grupos de carreiras afins ou a Áreas de Atuação Profissional. Por essa razão, na perspectiva da escolha a ser exercida pelo estudante, o melhor recorte para conceber a identidade de cada Itinerário Formativo é, sem sombra de dúvida, pelo agrupamento em torno de determinadas Áreas Profissionais.

Nesse sentido, cabe registro dos sábios encaminhamentos impressos pelo Conselho Estadual de Educação, que, dentro do espírito proposto pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), tiveram a sabedoria de deixar aberta a possibilidade de escolas e educadores imprimirem o desenho que lhes pareça o mais adequado. Portanto, lhes foi conferida a liberdade para discernir o que atende à perspectiva dos seus alunos. 

Tal possibilidade está longe de remeter a especificidades dessa ou daquela rede: pelo contrário, corresponde ao mais legítimo interesse de alunos – tanto da escola particular quanto da rede oficial, tanto dos que aspiram à Universidade quanto dos que buscam o ensino Técnico Profissionalizante. Nesse caminho, o CEE/RJ favorece que estudantes cariocas tenham acesso a trajetórias escolares pertinentes e que dialoguem de forma direta com o seu respectivo Projeto de Vida. 

 

Pedro Flexa Ribeiro é diretor do Sinepe Rio e da ABE


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