Para o SinepeRio, ir contra o Novo Ensino Médio é andar para trás e remontar a polêmicas que marcaram a tramitação da LDB 4.024/ 61, na década de 50 do século passado. A experiência de um currículo unitário foi exaustivamente praticada no Brasil desde os anos 1970, e resultou em dramáticos índices de reprovação, de fracasso e de abandono escolar. Não à toa é ainda hoje o segmento que mais afasta o jovem brasileiro da escola, principalmente os mais vulneráveis, tornando a desigualdade socioeconômica ainda mais latente.
De acordo com Pedro Flexa Ribeiro, vice-presidente do SinepeRio, não resta dúvida de que, após tantos anos de currículo unificado, a Reforma do Ensino Médio traz a todos grandes desafios, que convocam cada estabelecimento a mudanças prementes. “Há apostas a serem feitas e riscos a serem assumidos por gestores e professores. Mas o interesse das futuras gerações de brasileiros está, sem dúvida, em que a Reforma seja preservada e possa seguir adiante”, afirma.
Para o sindicato, a flexibilidade curricular é o caminho que proporcionará o amadurecimento das inovações, tão desejáveis e necessárias. E, sobretudo, a liberdade de cátedra, de ensino e de pensamento são, a um só tempo, condição e fatores promotores de democracia.
A oferta de ensino público confiável e de qualidade é causa universal, que une a todos os brasileiros. O contexto pós-pandemia torna ainda maior o desafio de professores, escolas e gestores de escolas particulares e, em especial, da rede oficial.
“As limitações são de fato muitas e requerem que nos mobilizemos todos para a promoção da equidade. Como educadores e como cidadãos sabemos que, de todos os públicos envolvidos, os estudantes são aqueles que mais têm a ganhar com o Novo Ensino Médio. Eles devem ser o foco e o propósito de nossa atuação. Por tudo isso, a Reforma Curricular merece ser endossada e apoiada”, defende Flexa.