A nova Diretoria do Sinepe Rio tomou posse nesta terça-feira, 15, para a gestão 2022/2023, em cerimônia realizada no auditório da entidade. Pedro Paulo de Bragança assumiu a presidência em substituição ao professor Jose Carlos Portugal, que esteve à frente do Sindicato de 2018 a 2021. A nova Diretoria foi eleita por aclamação. O vice-presidente é o professor Pedro Flexa Ribeiro, diretor do Colégio Andrews.
O evento contou com a presença do presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), Bruno Eizerik, e dos presidentes dos Sindicatos coirmãos, Marcela Escobar, Sinepe-RJ; Claudio Manchise, Sinepe-SF; e Rafael Siqueira, Sinepe-SG.
Participaram também da cerimônia o deputado federal Otavio Leite; o ex-secretário de Educação Comte Bittencourt; o representante da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dr. Joel Conceição Bessa da Cunha; o presidente do Conselho Estadual de Educação, Ricardo Tonassi; e o conselheiro do CEE, Luiz Henrique Mansur.
Diretor da Escola Técnica do Rio de Janeiro (ETERJ), desde 1990, Pedro Paulo integra a Diretoria do Sinepe Rio há 18 anos, sendo os últimos quatro como vice-presidente. Além disso, faz parte da Diretoria da FENEP. Foi, ainda, membro do Conselho Estadual de Educação. Pedro segue o caminho de seu pai, Pedro Paulo de Bragança Pimentel, que presidiu o Sinepe Rio na gestão 1975/1976.
“O presidente que toma posse hoje trabalhou 30 anos dedicados à Educação, comprometido com o Sindicato e com a escola privada. É um grande orgulho ver a posse de alguém que foi conselheiro. O Conselho Estadual de Educação está sempre a serviço da educação fluminense”, afirmou o presidente do CEE, Ricardo Tonassi.
Em seu discurso de posse, Pedro Paulo disse que assumir uma instituição histórica como o Sinepe Rio é uma responsabilidade muito grande. E ganha contornos ainda maiores porque vai substituir o ex-presidente Jose Carlos Portugal, que, durante os quatro anos em que esteve à frente, enfrentou grandes desafios, vencendo todos com muita competência.
“O professor Portugal soube, como ninguém, conduzir e liderar a categoria diante de uma das maiores crises sanitárias do planeta. Buscou apoio do Legislativo, Judiciário e Executivo municipal e estadual para manter as escolas abertas, ajudando no processo cognitivo e emocional das nossas crianças e jovens”, ressaltou.
O principal propósito da nova Diretoria é criar as melhores condições para que as Escolas Particulares do Rio se desenvolvam, cresçam e continuem sendo relevantes para a sociedade. “O Sinepe Rio reforça o compromisso de apoiar e assessorar as escolas filiadas, oferecendo todo o suporte necessário. Assim, teremos um ambiente no qual poderemos atuar com mais liberdade para empreender”, destacou o novo presidente.
História
Perto de o Sinepe Rio completar 90 anos de fundação, que acontece no ano que vem, Pedro Paulo fez questão de agradecer aos diretores que contribuíram e ainda contribuem para o fortalecimento do Sindicato e, consequentemente, para todo o segmento privado de ensino.
“A defesa da liberdade e da democracia foi construída por educadores e grandes líderes como Jose Antonio Teixeira, Edgar Flexa Ribeiro, Henrique Zaremba, Jose Carlos Portugal, Newton Santiago, Victor Notrica e João Pessoa de Albuquerque. Além de um grupo de líderes que estão emergindo para continuar a luta desses diretores citados, que também deixarão seus nomes na História”, afirmou.
O presidente da FENEP, Bruno Eizerik, falou sobre a importância de trabalhar em parceria com o Sinepe Rio: “Tudo que acontece no Rio de Janeiro ecoa para o Brasil inteiro. Nesses anos de pandemia, nós estivemos ainda mais próximos. Precisamos ter liberdade de ensinar e liberdade de escolher. E tenho convicção de que essa é uma bandeira que Pedro Paulo vai continuar honrando aqui”.
Obstáculos do Segmento
A dificuldade de um projeto de Nação para a Educação foi um ponto destacado pelo ex-secretário de Educação, Comte Bittencourt. “O Brasil não conseguiu ao longo de sua história estabelecer uma política de Nação para a Educação. O poder público não consegue cuidar do que é seu. Não consegue oferecer à sociedade, através de um serviço com o mínimo comprometimento, aquilo que tem que se devolver com os impostos pagos. E ainda quer regular o que é privado. Parece que é um país que a Educação faz mal ao Poder Público”, criticou.
Sobre a Reforma Tributária que tramita no Senado Federal e pode atingir o segmento, o deputado federal Otavio Leite afirmou estar atento e atuando em prol do segmento. “O que não podemos é um setor que tem algo tão relevante ser cerceado, blindado à possibilidade de mais pessoas colocarem seus filhos nas escolas que bem entenderem. A luta não é simples, mas estamos juntos pela liberdade, pela democracia, pela produção do conhecimento e por mais oportunidades aos brasileiros”.
O ex-presidente Jose Carlos Portugal fez uma retrospectiva dos seus quatro anos de mandato. O primeiro biênio, considerado de biênio dourado por ele, foi marcado pelo 12º Congresso Rio de Educação e por iniciativas em defesa da escola particular. Já o segundo biênio foi marcado pelos desdobramentos da pandemia no segmento e pela forte atuação do Sindicato para retomar os trilhos e voltar às aulas presenciais.
“Nós honramos a escola privada. Missão dada, missão cumprida. Gratidão a todos. Nós somos um pilar da democracia. Foi uma alegria ter passado por esse período tão cruel de nossas vidas, mas vencemos. Fizemos a transição. Escola Privada é diversidade. Ela vem para ficar e vai ficar”, disse Portugal.
Pedro Paulo: Nosso propósito é criar as condições para prestar os melhores serviços para as escolas
Mesa formada pelo presidente da Fenep, Bruno Eizerik, Pedro Paulo e Jose Carlos Portugal
Otávio Leite, Pedro Paulo, Jose Carlos Portugal, Comte Bittencourt e Pedro Flexa Ribeiro
Cerimônia de posse reuniu Diretores do Sinepe Rio, Presidentes dos Sinepes do Estado e autoridades